quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Entidades médicas pedirão intervenção federal na saúde do RN

A situação da saúde do Rio Grande do Norte será denunciada à Organização dos Estados Americanos (OEA) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Em vistoria ao maior hospital público potiguar, Hospital Walfredo Gurgel, em 18 de agosto, uma comissão formada por representantes de entidades nacionais identificou problemas que ferem os princípios da ética e da dignidade humana.
                   Foto: Divulgação
Pacientes em macas e sem previsão de atendimento, corredores servindo de quarto de internação, falta de medicamentos e lixo espalhado. Esses são alguns dos problemas apurados durante a vista ao e que constarão em um relatório a ser entregue ao Ministério da Saúde e à OEA. Após a finalização do relatório, prevista para próxima semana, os conselheiros requisitarão a intervenção federal no sistema público de saúde do estado, tendo em vista que o próprio governo estadual declarou estado de calamidade pública na saúde há mais de dois meses e o quadro de caos no setor não foi alterado.

Após a visita ao hospital, os representantes federais foram convidados pela governadora Rosalba Ciarlini para uma reunião, na qual foram apresentadas as ações de sua gestão voltadas para a saúde. A gestora iniciou a discussão relatando dificuldades financeiras e solicitou que a situação fosse analisada novamente antes que o pedido de intervenção federal seja protocolado.

No entanto, para o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriça, que acompanhou a vistoria e a reunião com a governadora, a intervenção federal na saúde do estado é uma solicitação que, a partir de agora, passará a integrar a pauta das entidades regionais de medicina. "O que encontramos é uma incapacidade local de resolver o problema. O governo municipal está em processo de fechamento das unidades de saúde, de não ter hospitais para dar resposta a essa crise. O governo estadual decretou estado de calamidade pública na saúde. Então, precisamos que o governo federal faça uma co-gestão da resolução dos problemas que constatamos".

 Fonte: Conselho Federal de Medicina


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