O governador de Goiás, Marconi Perillo
(PSDB), negou hoje (12), em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) do Cachoeira, que tenha relação de proximidade com o
empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como
Carlinhos Cachoeira.
Foto: Geraldo Magela
Perillo disse ainda que não houve ligação de seu governo com o
empresário investigado pela Polícia Federal por comandar um suposto
esquema criminoso envolvendo jogos ilegais com a participação de
políticos e empresários. "Não há nenhum ato do governo de Goiás em
benefício ou na direção do que foi suscitado pela imprensa. Falaram
muito, mas nada se concretizou", disse. "Nunca mantive qualquer relação
de proximidade com o empresário Carlinhos Cachoeira, embora fosse ele
uma pessoa de livre trânsito com políticos do meu estado e com as
pessoas mais ricas", completou.
Ele argumentou que as gravações feitas pela Polícia Federal durante a
investigações não apontam para uma relação próxima entre eles. "São 30
mil horas de gravações, três anos de gravações e não há nenhuma ligação
dele para mim. Apenas uma ligação minha para ele por ocasião de seu
aniversário. Se ele era uma pessoa próxima, era natural que ele tivesse
acesso ao meu telefone particular", argumentou o governador.
Ao iniciar o depoimento, Perillo disse que chegava "de cabeça erguida" à
comissão após ter se oferecido para falar e ter pedido ao
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que movesse a
investigação contra ele.
Ele também se disse vítima das denúncias que, segundo ele, representam
"fatos distorcidos" e "informações descabidas". "Venho restabelecer a
verdade dos fatos", disse o governador que usou parte de sua fala
inicial para ressaltar o desenvolvimento industrial e econômico de Goiás
durante o seu governo. "Muitos não se conformam com isso e tentam
destruir o patrimônio moral que construir durante toda minha vida
pública".
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