O senador cassado Demóstenes Torres deverá ser julgado em fevereiro
pelo Conselho Nacional de Ministério Público. O órgão abriu processo
contra Demóstenes, que é procurador em Goiás, por causa das suspeitas de
seu envolvimento com o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, recém condenado a quase 40 anos pela Justiça.
Integrante do Ministério Público desde 1987, ele poderá ser poderá ser
punido com advertência, suspensão do cargo, aposentadoria compulsória ou
demissão.
Foto: Divulgação
“O Demóstenes não sofrerá outra punição senão a de demissão”, diz o
promotor Robertson Alves Mesquita, responsável pela sustentação oral do
pedido de avocação do processo no conselho, em 24 de outubro, em
Brasília. “Em qualquer situação, o caso dele é de demissão exemplar
porque esteve associado a um grupo criminoso”, completa. “Demóstenes
poderá buscar recursos na via judicial para se defender”, diz o promotor
Fernando Krebs. “Mas não suspenderá a decisão do CNMP, porque as provas
contra ele, obtidas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, são
robustas e a tese dos recursos não prosperará.”
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