A rainha do Reino Unido, Elizabeth II, de 86 anos, anunciou hoje (9)
que a Câmara dos Lordes (formada por 789 integrantes) passará a ser
eleita diretamente. O anúncio foi feito na abertura do ano legislativo
britânico. Segundo a rainha, o objetivo é ter um Câmara menor e
majoritariamente eleita. Elizabeth II não detalhou como será o processo
eleitoral nem a partir de quando ocorrerá. Os detalhes serão fornecidos
por ela em discurso ainda hoje.
A Câmara Alta do Parlamento britânico, estabelecida no século 14,
abolida em 1649 e restaurada 11 anos depois, é formada por integrantes
da nobreza, que têm cargos vitalícios, e os do clero, que ocupam o
assento quando estão em funções religiosas. Todos são indicados pela
rainha. Porém, os lordes não podem propor leis, embora tenham designação
para alterar a legislação.
A rainha acrescentou que a prioridade do primeiro-ministro da
Grã-Bretanha, David Cameron, é adotar medidas para a estabilidade
econômica. “O meu governo vai se concentrar no crescimento, na justiça e
nas reformas constitucionais”, disse ela, lembrando que sua preocupação
é “melhorar [a qualidade de] vida das crianças e das famílias”.
Elizabeth II disse ainda que será criada uma espécie de agência
nacional contra o crime, proposta em 2010 pelo governo para unir o
combate ao crime organizado, às fraudes e aos crimes cibernéticos com as
ações de segurança nas fronteiras. Paralelamente, o Parlamento da
Grã-Bretanha se prepara para aprovar a adoção do Mecanismo Europeu de
Estabilidade.
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